
Começarei contando um pouco sobre minha vida: José Moura, um baiano de 35 anos, casado e pai de duas lindas garotinhas, hoje as coisas estão bem melhores, costumo dizer que sou um privilegiado por está onde estou, mas minha vida não é e nunca foi um mar de rosas, você irá entender o que estou falando.
Filho de uma mulher brasileira, guerreira (nunca participou de nenhuma guerra militar) graças a Deus, mamãe ficou só na Bahia com 6 filhos pra criar (o marido, meu pai, claro, veio pra sampa pra trabalhar na construção civil), minha mamãe se viu obrigada a trabalhar em casa de Sisal (tecendo cordas), para nos sustentar.
A situação foi tão crítica que mamãe teve que morar em baixo de uma árvore. Deste ponto em diante caros leitores vocês verão que o que estou falando está totalmente dentro do contexto do tema da blogagem coletiva, Adoção, um ato de nobreza! iniciada por Georgia e Dácio Jaegger que por sua vez criaram o blog Blogagem centralizando as postagem sobre o tema e com a pretensão de ajudar a renovar a esperança em lares e instituições que cuidam de crianças e adolescentes, e para um maior e melhor conhecimento sobre adoção.
Na época minha mamãe teve que dar (adoção temporária) e informal, claro. Em 1975+- fui dado à minha tia Zelita (irmã de minha mamãe) e morei com ela pelo menos uns 4 anos, meus outros 5 irmãos, 3 foram para minha avó e dois ficaram com mamãe, dou graças a Deus porque minha tia que me criou por 4 bons anos me amava e ainda ama muito. Na verdade não sei dizer se esta ação entra na “Adoção à Brasileira”, uma coisa eu sei, foi um ato de desespero de minha mamãe e um ato de amor de atitude de minha tia que me criou por este curto período de tempo, e a coisa foi feita de palavra coisa que na época valia muito mais do que qualquer documento assinado e autenticado em cartório, uma época onde havia respeito, amor e confiança coisa escassa no mundo pós-moderno.
Em alguns blogs temos lido sobre a blogagem, em todos vemos questionamentos do tipo os Franceses e Italianos têm mais amor, ou nobreza? Não acredito que seja assim, o problema é que nós brasileiros temos visto como são as leis e suas execuções e sabemos que infelizmente o processo é por demasiado moroso e quando alguém entra no processo de adoção, entra numa longa jornada tendo que passar por entrevistas com Assitente Social e tudo mais para entender todo o processo (os trâmites legais e jurídicos), logo se a pessoa não estiver bem preparada psicologicamente acaba por desistir do processo, porque é complicado ver que alguns casos demoram demais onde a pessoa interessada na adoção de uma criança com 2 anos acaba por adotar esta já com 4 anos ou mais, mais isto ocorrendo é dos males o menor, porque infelizmente têm crianças (adolescentes) esperando por uma família a muito mais tempo.
Cabe reforçar que não se pode confundir o legal com o jurídico e para coibir a prática da adoção à brasileira, a Justiça exige dos cartórios que não procedam a escrituração de novos registros de crianças, sem que seja apresentada pelos pais a autorização da Justiça.
Outra medida foi a tomada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) lançando a campanha Mude um Destino. Na primeira etapa da campanha, iniciada em 2007, o objetivo era chamar a atenção da sociedade para as condições de vida, das cerca de 80 mil crianças e adolescentes que vivem em abrigos no País. A segunda etapa também já iniciada em vários Estados do país, tem como objetivo o de mostrar à população que o processo de adoção não é tão burocrático e que é fundamental o caminho judicial para a segurança dos pais e das crianças adotadas.
Toda parte em itálico eu peguei da amiga Luma do Luz de Luma, vale a pena conferir este belo blog que visito quase que diariamente.
Agora para finalizar deixo um texto das Escrituras Sagradas, a bíblia.
“Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.”1 João 3.18
Adoção, o amor em atitude!

Fazendo parte da blogagem: Adocao, um ato de nobreza!
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