terça-feira, 18 de novembro de 2008

Adocao, um ato de nobreza!



Tatah Santini do blog: Despindo Estórias

Antes dessa blogagem já tinha pensado muito sobre o assunto da adoção, mas nunca tinha pensado em profundidade...

É um ato de amor dos mais significativos, porque aí se faz algo por alguém que não tem seu sangue, mas tem seu amor. Mas como decididamente não sou perita no assunto, dei uma googlada e achei coisas interessantíssimas, que vocês verão na seqüência do post.


Confira o passo-a-passo para adotar uma criança

Cerca de 8 mil crianças e adolescentes estão aptas à adoção, segundo pesquisa do Ipea. Cadastro nacional reunirá dados com perfis de crianças e possíveis pais adotivos.

Documentos, entrevistas e avaliação psicológica fazem parte do passo a passo para quem pretende adotar uma criança ou adolescente no país. Segundo relatório do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), 80 mil crianças e adolescentes vivem em abrigos no Brasil e cerca de 8 mil (10%) delas estão aptas para adoção.
Na terça-feira (29/04/2008), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), o que promete agilizar os processos.
O sistema será implantado nas varas da Infância e da Juventude até o mês de julho e todos os dados estarão inseridos no sistema em seis meses. A vara da infância é o primeiro local que os interessados em adoção devem procurar para iniciar o processo.
Quando estiver implantado, o CNA fornecerá informações sobre o número de crianças e adolescentes sob a tutela do estado, quantidade e localização de casais habilitados a adotar em todas as regiões, perfis completos e dados sobre os abrigos.
Segundo o CNJ, o procedimento para quem pretende adotar uma criança continuará o mesmo, mas os juízes terão acesso ao cadastro nacional para facilitar que casais encontrem crianças com seu perfil.
Quem pode adotarAdultos com mais de 21 anos, independentemente do estado civil, pode ser solteiro, casado, divorciado, ou viver em concubinato. Na hipótese de ser casado ou viver em uma relação de concubinato, a adoção deve ser solicitada por ambos, que participarão juntos de todas as etapas do processo adotivo. Será feita avaliação de estabilidade da união.Qualquer pessoa que seja pelo menos 16 anos mais velha que a criança a quem pretende adotar. A Justiça não prevê adoção por homossexuais. Neste caso, a autorização fica a critério do juiz responsável pelo processo.
Quem não pode adotarMenores de 18 anos. Os avós ou irmãos da criança pretendida. Nesse caso, cabe um pedido de guarda ou tutela, que deverá ser ajuizado na Vara de Família da cidade onde residem. O tutor não pode adotar tutelado.
Quem pode ser adotadoCrianças e adolescentes com até 18 anos a partir da data do pedido de adoção, órfãos de pais falecidos ou desconhecidos. Crianças e adolescentes cujos pais tenham perdido o pátrio poder ou concordarem com a adoção de seu filho.Maiores de 18 anos também podem ser adotados. De acordo com o novo Código Civil, a adoção depende de sentença de juiz.Crianças e adolescentes com 16 anos a menos que o adotante.Só podem ser colocados para adoção as crianças e adolescentes que já tiveram todos os recursos esgotados no sentido de mantê-los no convívio com a família de origem.
Documentação necessária: RG e comprovante de residência;Cópia autenticada da certidão de casamento ou nascimento;Carteira de Identidade e CPF dos requerentes;Cópia do comprovante de renda mensal;Atestado de sanidade física e mental;Atestado de idoneidade moral assinado por duas testemunhas, com firma reconhecida;Atestado de antecedentes criminais.
O caminho da adoçãoSegundo Benedito Rodrigues dos Santos, secretário-executivo do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), o processo de adoção não é padronizado no país. "No primeiro momento, os interessados procuram a Vara da Infância e da Juventude mais perto de casa. Em seguida, eles passam por uma entrevista. O terceiro passo é a apresentação dos documentos necessários."Santos disse ainda que depois de analisada a documentação, os interessados passam por uma nova entrevista. "Desta vez, um assistente social vai até a casa do adotante para conhecer melhor a rotina dele. Depois disso, é iniciado o processo de escolha da criança. Feito isso, se for o caso, é dada a guarda temporária da criança para o adotante. Esse é o período de experiência e de avaliação."De acordo com o secretário-executivo do Conanda, se o adotante for aprovado, é 'iniciado' o processo na Justiça. "É quando o procedimento começa efetivamente. Tudo se encerra com a sentença do juiz aprovando ou não a adoção", disse Santos.
Matéria do reporter Glauco Araújo exibida em 02/05/2008 e retirada do site G1 da Rede Globo.

Depoimento de quem adotou:
Ana Luiza e Lucas

nosso anjo
"Somos casados há três anos e estamos com Karla há um,ela veio até nós antes da gente entrar na fila de adoção,a mae biológica nos entregou. A partir daí começou nossa luta fomos ao fórum e tivemos que nos cadastrar, consultaram os outros casais e nenhum quis por ela ser negra,hoje estamos com ela muito felizes mas com o fantasma do medo pois ainda nao temos nenhuma seguranca,mais temos fé que dará tudo certo. Apesar de ainda sermos jovens, eu com 19 e ele com 23, temos certeza do nosso amor por ela e lutaremos até o fim."

Depoimento de quem foi adotado: Nanda

Sou um milagre....estou aqui....

"Tenho 27 anos, sou bacharel em Direito e muito, muito feliz por Deus ter olhado para mim e me dado a minha família.Minha vida começou verdadeiramente aos 3 meses quando fui para casa de meus pais. A pessoa que me gerou, me deixava abandonada e saia, a vizinha entrava e me dava leite quando estava chorando. Quando cheguei em casa, minha mãe disse que era minúscula, não cabia em seu colo, estava suja e com uma roupinha emprestada..Foram meses de sofrimento indo e voltando para o hospital, porque estava tão desnutrida, que poderia não sobreviver. Idas e vindas ao hospital, e minha mãe alí firme e forte do meu lado, noite e dia, enquanto meu pai corria pela cidade "coletando" leite materno das mães que tinham muito e podiam doar (naquela época não se falava em AIDS e isso era possível) - Foi oque me salvou.Com muita perseverança e amor, fui ganhando peso a cada dia até voltar para casa....Quando as perguntas começaram, minha mãe me disse que não tinha me gerado na barriga, que outra pessoa o fizera e me guardara para ela.... Quando tinha meus 15 anos até tiver curiosidade de saber quem era aquela que não me quis e me deu para uma pessoa desconhecida, mas depois isso passou... Entendi que Mãe é a minha, que me deu colo quando precisei, me deu broncas quando me desviei do caminho do bem e sempre esteve ao meu lado.Antigamente, não conseguia, mas hoje, assim como minha mãe me ensinou, agradeço a Deus pela pessoa que me gerou, não a culpo, até a abençoo, pois ela foi mero instrumento para chegar aos meus pais....Hoje sei que não fui a única, fui na verdade a sexta de uma lista.... Oque se confirma que esta era a missão desta pessoa, ser o caminho para chegar aos meus pais....Obrigada pai, obrigada mãe, por terem me escolhido e me amado, graças a vocês hoje estou aqui..."

Blogagem Coletiva sobre adoção. Foi um prazer participar dessa troca de conhecimentos e principalmente, de sentimentos! Agradeço a oportunidade dada pela Georgia e pelo Dacio!

Fazendo parte da blogagem: Adocao, um ato de nobreza!

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