terça-feira, 11 de novembro de 2008

Adocao, um ato de nobreza!


Adao do blog: Adao Conectado


Alguns podem achar que a palavra nobreza pode não ser apropriada para esta blogagem coletiva, que participo a convite do Saia Justa, porque NOBREZA, tem como parte de sua definição uma parte ligada à sociedade nobre, ligada à fidalguia. Entretanto, a palavra não tem apenas esta definição. Ela também significa agir ou ter ação notável, ilustre, célebre, majestosa, augusta, generosa, longânima, magnânima. Assim é a adoção.

Eu, Adão Braga, antes de casar e constituir família tinha como meta, mesmo depois de “ter”, melhor, “ganhar” filhos biológicos, adotar quantas crianças fosse possível. Mas, a questão é: porque antes de casar?

Depois de casado, descobrir que meu conjuge nunca demonstrou ter esta alma notável, ilústre, célebre, majestosa, augusta, generosa, longânima, magnânima. Minha opinião encorpou definitiva e permanetemente, quando a ouvi declarar, que “não gostaria em nenhuma hipótese dividir os bens da família com uma criança adotada, que teria os mesmos direitos aos bens que os filhos dela!”

Estas palavras, fez hibernar em mim tal desejo. Mas, ainda espero que ela chegue a maturidade e a conhecer o amor numa face menos egoísta. Minha participação é sobre os sexto e o sétimo item da blogagem:

  • Gostaria de discutir o assunto mesmo que não queira adotar uma criança?
  • E como vê toda essa situação na sociedade em que vivemos?

Em 1997, estava eu numa excurção na região de Irecê, e usei as seguintes palavras numa reunião evangélica:

- Se todos aqueles que se dizem seguidor de Jesus, adotassem uma criança, em poucos anos, não haveria a necessidade de as igrejas terem que sair de casa-em-casa para pregar o evangelho.

Esta minha opinião, é baseada nos conselhos de Ellen White, uma escritora americana. Ela era considerada profetisa no meio Adventista do Sétimo Dia, e os textos abaixo, foram escritos nos últimos anos do século 19 e no inicio do século 20, ou seja, antes de 1900. Isto mesmo! Os conselhos desta senhora, era para que as famílias Adventistas adotassem crianças nestes longinquos anos. Ei-los abaixo:

Abram aqueles que têm o amor de Deus, o coração e o lar a essas crianças. Não é o melhor plano cuidar dos órfãos em grandes instituições. Caso eles não tenham parentes capazes de tomar conta deles, os membros de nossas igrejas devem, ou adotar esses pequenos em sua família, ou encontrar lugar conveniente para eles em outros lares. Testemunhos Seletos - Volume 2 – Pág: 519

Meu esposo e eu, embora chamados para árduo trabalho no ministério, sentimos ser nosso privilégio trazer para dentro de nosso lar crianças que necessitam cuidado, ajudando-as a formar caráter apropriado para o Céu. Não podíamos adotar bebês, pois isto teria monopolizado o nosso tempo e atenção e roubaria ao Senhor o serviço que de nós requer em levar muitos filhos e filhas para Ele. Mas sentimos que a instrução do Senhor em Isaías 58 era para nós, e que Sua bênção nos acompanharia na obediência a Sua Palavra. Todos podem fazer alguma coisa pelos pequeninos necessitados, ajudando a pô-los em lares onde possam ser cuidados. Manuscrito 35, 1896. Beneficência Social – Pág: 221

Deus tem um povo neste mundo, e há muitos que podem adotar crianças e delas cuidar como os pequeninos de Deus. Carta 68, 1899. Beneficência Social – Pág: 232

Se tivésseis vossos próprios filhos para pordes em exercício cuidado, afeição e amor, não estaríeis tão encerrados em vós mesmos com os vossos próprios interesses. Se os que não têm filhos e que têm sido por Deus feitos mordomos de recursos, dilatassem o seu coração no cuidado de crianças que necessitam de amor, zelo e afeição, bem como assistência de bens do mundo, seriam mais felizes do que são hoje. Sempre que jovens sem o piedoso cuidado de um pai e o terno amor de uma mãe estiverem expostos à corruptora influência destes últimos dias, é dever de alguém suprir o lugar de pai e mãe para com alguns deles. Aprenda-se a prover-lhes amor, afeição e simpatia. Beneficência Social – Pág: 233

É estranho que não exista entre as diversas comunidades cristãs esta cultura de adoção. Há, certamente, uma tendência e uma maneira social diferente da que hoje vivenciamos, mas, observo nos escritos dela, e comparando com a atual situação que a “conduta humana”, nesta situação, parece-me não ter sofrido mudanças no último século.

Baseado nestes conselhos, já consegui fazer com que duas famílias adotassem crianças. A primeira delas, ouviu a conversa na reunião que citei acima e adotou a criança. Dois anos depois, ela me encontrou, e disse, que havia adotado uma criança porque ouviu o conselho que eu havia dito na reunião. Depois de quatro anos ela engravidou.

Um amigo que há 17 anos casado e a esposa não engravidava, viajou seisentos quilometros para adotar o filho que sempre desejou.

Só para atiçar, saibam todos, que, quem mais adota neste mundo é o próprio Deus. Vou esclarecer. O evangelho diz que Deus só tem “UM FILHO ÚNICO”, leia nas palavras do evangelista João:

“Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna.”

Se Deus, tem filho único, fica entendido que todos nós outros somos filhos adotados. E o apóstolo Paulo confirma ao informar que somos “filhos de adoção por Jesus Cristo, […], segundo o beneplácito de sua vontade” (Efesios 1:5) e ambém declara: “… recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai” - (romanos 8:15).

Depois de tudo, repito o conselho de Jesus:

Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também

Vá lá e adote!

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