quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Adocao


Loba do blog: Loba





Por iniciativa de Dácio Jaegger e Georgia Aegerter, durante toda esta semana, um grupo de blogueiros estará voltado para as questões da adoção de crianças e adolescentes.
Escolhi começar com um post coletivo, trazendo a opinião de pessoas das minhas relações, às quais perguntei – por e-mail e pessoalmente:
- Quais seriam os motivos que te fariam adotar uma criança?
- Quais são os motivos que te fazem não querer adotar uma criança?
São muitas as respostas, portanto as publicarei ao longo da semana.
Eis algumas delas, resguardando o anonimato daqueles que assim preferiram:


Anônimo:
Só há um motivo aceitável: o desejo de ter um filho. Ou mais de um. Tenho um filho biológico e dois adotados. O que me fez adotar estas crianças, meu filhos tão queridos quanto o mais velho, foi a vontade de ter mais filhos e ao mesmo tempo contribuir para que o maior número possível de abandonados tivesse uma família. Acho que isso não é nobreza é consciência de cidadania.

Rosana:
Tenho 46 anos, sou separada há mais de 15 e tenho um filho adulto. Há dois anos resolvi adotar um cão de rua. Foi quando percebi que havia mais crianças de rua do que cães então mudei tudo. Estou em processo de adoção de uma menina de 9 anos. Não tem sido fácil pra nenhuma de nós duas e confesso que há momentos em que quase desisto. Mas sei que sou a única esperança de uma vida digna para ela e vou em frente. Se Deus quiser, um dia vamos conseguir ser mãe e filha.

Anônimo:
Eu acho que não adotaria por escolha minha, nem se eu não pudesse ter filhos. Tenho muito medo da hereditariedade de uma criança adotada. Hoje em dia é muito difícil criar um filho biológico, um adotivo seria ainda mais difícil.

Ana Lúcia:
Para se adotar uma criança é preciso ter condições materiais, morais, sentimentais e “disponibilidade de tempo”.
Aos meus olhos e para o meu coração adoção tanto quanto “ter um filho” deve estar de mãos dadas com a estrutura de uma “FAMÍLIA que possa CONVIVER no dia-a-dia”. Toda criança merece um LAR, seja pelos laços de sangue, seja pela benção de Deus, MAS...
É fundamental para o crescimento e formação da personalidade da criança, estar presente na hora do almoço, ir levá-la e/ou buscá-la na escola, fazer lição junto, brincar, conversar, aprender, conhecer os valores dos pais (adotados), o caminho que os pais percorreram, o contexto da formação de cada um, dedicação e percalços. Além de gostos, costumes, hábitos, conquistas...
Não entendo pertinente que uma criança seja adotada com “segundas intenções pessoais da mãe ou do pai”, o que equivale dizer: para “salvar um casamento”, para minimizar a frustração de uma mulher aos 45 anos que não teve filhos, para amenizar uma solidão, para “curar” uma depressão, para receber “aplausos”...
SER pai e mãe não deve ser um ato momentâneo, impensado, isolado. E, sobremaneira, o “alvo” do bem estar SEMPRE deve ser a criança.

Fazendo parte da blogagem: Adocao, um ato de nobreza!

Caso nao queira seu post aqui, por favor fazer contato. Obrigada.