sábado, 8 de novembro de 2008

Se achamos que adocao é fácil continuemos lendo

Dácio do blog " Chega mais..."

O governo brasileiro, os juizados, desconhecem o número de adolescentes e crianças que vivem nos abrigos do Brasil. A A M B acredita que sejam 80 mil meninos e meninas. Como vivem? E suas famílias? Quem tem todas as respostas? O que elas mais querem é uma família, ou não?
“Hi
stórias de adoção onde filhos se revoltam contra pais ou de filhos adotivos que abandonam suas casas e coisas desse tipo são tão comuns quanto em famílias constituídas biologicamente. Considerar que “um filho é bom por ser ele filho biológico” ou que “um filho é mau por ser ele filho adotivo” significa uma permeabilidade aos mitos advindos da cultura da adoção; significa estigmatizar a adoção e desconsiderar seu potencial criativo; significa descrer na possibilidade de exercer a maternidade e a paternidade por via da adoção. (Mário Lázaro Camargo é psicólogo, mestre em Psicologia pela Unesp)”
“Em caso de adoção, em
campo de busca aberto, no perfil solicitou-se menino ou menina de até 5 anos". Chamados, o casal para ver um garoto de 7 meses, houve paixão na hora",. Dois meses depois, quanto o casal já estava firmando vínculo com a criança, a mãe biológica reapareceu. O final feliz não virá O juiz decidiu manter o bebê no abrigo e estudar o perfil psicossocial da mãe.
Não há prazo para finalizar uma análise para adoção e os candidatos manterão sua angústia.”
“A psicóloga Lídia Weber, em sua tese de doutorado na Universidade Federal do Paraná, (http://claudia.abril.com.br/materias/2331/?pagina2) aponta as razões de demora.
Uma delas, a exigência do adotante. Ouvindo 400 famílias em 17 estados, ela verificou que 85% assumiram bebês de até 2 anos. "O limite de idade é maior que a preferência pela cor da pele", observa. Em agosto passado, das crianças liberadas para adoção e mantidas em abrigos paulistas ligados a ONGs e igrejas, 1 042 estavam com mais de 12 anos ou tinham irmãos, que a lei não separa.
Estrangeiros aceitam essas condições. Hoje, há 40 mil franceses e 18 mil italianos na fila, mas só entram no páreo após os brasileiros abrirem mão. A medida pretende conter a adoção internacional para garantir à criança o direito à nacionalidade.
Outro fator dramático envolve a destituição do poder familiar. Com base no ECA e no Código Civil, a criança só pode ser destinada à adoção após a sentença que tira dos parentes o direito sobre ela. Um estudo do Ipea feito em 2004 em 580 abrigos do país revelou que 88% das 19 373 crianças não estavam aptas a adoção porque continuavam legalmente ligadas aos pais. O juiz Reinaldo C.T. de Carvalho, do TJ-SP, explica: "Não podemos privar a família de criar o filho porque é pobre. Esgotamos as tentativas de reestruturá-la para que possa receber a criança de volta". No mar de entraves com que essas iniciativas navegam, as soluções levam tempo. "Assim, a criança 'envelhece', passa da idade procurada pelos adotantes", diz Lídia.
Em
http://www.filhosadotivosdobrasil.com.br/procura.htm no site Filhos adotivos do Brasil, até hoje, 28/09/08 409 brasileiros procuram pais, filhos e irmãos biológicos, alguns localizados para felicidade familiar. Exemplos:
Vera Carvalho Lopes – 406, procura seu pai biológico. Sua mãe se chama Iracema C. de Carvalho. Segundo Vera, se seu pai estiver vivo, deve ter aproximadamente 70 anos.
Caio Flavio Jacobus- 63Procuro minha mãe biológica, seu nome é Helena Simack. Fui adotado por uma família do interior do estado, e descobri o nome de minha mãe biológica recentemente. Maria Salete da Silva 123- Procuro por irmã biológica entregue a adoção em 1972. Rose Sueli Back Horn 254 Gostaria de conhecer os meus pais biológicos. Fui adotada com 15 dias. Hoje tenho 40 anos, tenho três filhos.

Cíntia Roza Gomes da Silva 169 –Amo meus pais adotivos, amo tanto eles que tenho medo de dizer às vezes o que penso a respeito, afim de não magoá-los. Sonia Palmeira 396 Eu e minhas irmãs estamos procurando por dois irmãos biológicos que foram dados para adoção. Ninguém sabe informar nada sobre a minha mãe biológica, pois a minha mãe de criação já faleceu e ela seria a única a me dar maiores informações. Laure Bacquias - 265 – França, Paris -Me chamo Laure Bacquias e tenho 20 anos. Fui adotada por uma família francesa quando tinha apenas 3 meses de idade. Já faz algum tempo que estou buscando minhas raízes: estive com os meus pais adotivos na minha cidade natal no dia do meu aniversario de 18 anos e lá tentamos saber um pouco mais da minha história, sem muito sucesso, pois o que me informaram é que eu não tinha o direito de olhar o meu próprio processo de adoção. Nasci em Vitória da Conquista dia 10/08/1987 no hospital regional Crescêncio Silveira. Minha mãe biológica chama-se Elizete Vieira Silva e no que consta ela era menor na época (pois nascida em 1973) e que logo após o meu nascimento, ela foi para São Paulo. Infelizmente eu não falo português e uma amiga brasileira esta escrevendo este e-mail para mim. Por sinal, o e-mail de contato também é dessa amiga, a fim de facilitar a comunicação. Luiz Augusto da Silva Freitas – 409 - Procura seu filho biológico. Nascido em 22/02/91, no Hosp. São Sebastião, em Turvo-SC. Indio Silveira Nunes da Silva – 055- Estou a procura de minha mãe biológica. Tenho leucemia e estou à procura dela, pois gostaria muito de conhecê-la. Sou casado e tenho dois filhos. Sabemos que ela é natural de Santa Rosa - RS.