sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Adocao, um ato de nobreza!


Roseli do blog: Bibliotequices e afins
Adocao, um ato de nobreza Texto 2

Quando nosso colega Dácio desenvolveu esse tema, realmente suas palavras tiveram um peso e uma verdade incontestável: Adoção realmente é um ato de nobreza. Amar quem é sangue de nosso sangue, amar quem foi planejado e gerado com amor é simples, fácil e...natural. Nós, seres humanos apesar de nos considerarmos animais racionais, somos movidos por uma complexidade de dar nó na cabeça de qualquer sábio desse ou de outro planeta. Amar ao próximo, principalmente quando esse próximo é alguém distante de nós, vindo de uma realidade diferente da nossa enfim, um completo desconhecido, é quase sempre muito difícil quando não, impossível. Mas há pessoas que trazem em si, sentimentos que extrapolam nossa pequenice do dia-a-dia e expandem seu amor a outros desprovidos de uma realidade doce como a nossa. Tomar a decisão de adotar um filho, pegando para si, a responsabilidade de uma vida desconhecida até então, é algo muito sério e grandioso e nem todos se encontram em condições emocionais e psicológicas para encarar uma atitude dessas. Como já disse anteriormente,não sei se teria condições de adotar uma criança mas confesso que tenho a maior admiração por quem já tomou essa decisão e levou adiante esse projeto de vida. Indico um site que é bem legal e trás dicas de livros sobre o assunto além de depoimentos e artigos e orientações para quem deseja adotar uma criança e também orientações para os adotados.

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Adocao, um ato de amor!


Georgia Aegerter do blog: Saia Justa

Adocao, um ato de Amor!

" Se algo nao é obviamente impossível, entao deve haver uma maneira de fazer."
Nicholas Winton





A Yvonne do BlogGente, me enviou na semana passada este video e eu fiquei tao emocionada com a história deste homem que pensei em colocá-lo aqui nesta semana da blogagem.

De uma certa forma, este homem, conseguiu adotar 699 criancas. Foi uma maniera diferente, mas de certa forma uma "Adocao".

Assista ao video para entender melhor o que estou dizendo.

Fiquei pensando que se fosse hoje em dia, a atitude dele poderia ser confundida com um rapto.

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adopcao




Vilma do blog:
Coisas de mim!




Foi ela quem me adoptou!

Desde que adoptei a minha filha, que uma das coisas que de certa forma me afligia, era a reacção dela quando soubesse.
Sempre achei que teria facilidade em lhe contar, até que desde cedo, quando começaram a surgir as primeiras questões, que o meu coração se contraía em procurar dar-lhe uma resposta honesta e de acordo com a idade dela.
Procurei sempre dar-lhe respostas de acordo com a idade e entendimento dela.
Quando pela 1ª. vez me perguntou se ela tinha bebido leite das minhas maminhas, senti um baque forte.
Respondi na altura que não, que tinha bebido leite do biberon, que eu nunca tinha tido leite, sem adiantar muito mais.
Depois, quando surgiu a questão se ela tinha nascido da minha barriga, outro baque.
Eu erguia os meus olhos pra cima e dizia:
- Meu Deus, tão cedo estas questões! Ajuda-me!
Não estava preparada ainda.
E respondia-lhe que ela tinha nascido do desejo do meu coração.
Entendi que a minha filha deveria saber desde sempre a verdade, apesar de algumas pessoas discordarem de mim. Mas percebi que me custava falar-lhe.
Não concordo em andar a mentir durantes anos, para depois sentar a minha filha com 7, 8 ou 9 anos ou mais velha ainda, para lhe dizer que é filha adoptiva.
As crianças gostam e precisam que sejamos verdadeiros com elas, para ganharem confiança nos pais e nelas próprias.
Quero que a minha filha responda que sempre soube que é filha adoptiva.
No entanto, o meu coração de mãe várias vezes se apertava com tudo isto, pelo facto de a amar tanto e recear o que o seu coraçãozinho poderia sentir.

À uns meses atrás, ela falava de um amiguinho seu que tinha nascido nos Açores.
Na continuação da conversa, disse-lhe que ela tinha nascido na Maternidade.
E ela responde:
- Não, mamã, eu nasci do teu coração!
Então, percebi que aquele era o momento para contar tudo com mais detalhe.
Expliquei-lhe com mais pormenor tudo.
De uma maneira informal, enquanto caminhávamos, contei-lhe como as coisas se tinham passado.
Respondi-lhe depois a todas as questões que ela me colocava.
Naquele momento, sentia como se as respostas me surgissem como que sussurradas.
Depois de todas as dúvidas esclarecidas, no fim da nossa conversa ela vira-se para mim e diz-me:

- Mamã, tu és linda! Com o sorriso mais lindo que ela faz!

Então, todos os meus receios ou dúvidas que eu sentia de que a pudesse magoar ou estar errada em ser tão verdadeira com ela, caíram por terra!
As lágrimas soltaram-se, como uma expressão da minha alegria, por me sentir tão abençoada por aquela filha linda que Deus me deu e por tudo aquilo que através dela, eu aprendo.
Tive a certeza de que optei pelo melhor caminho: a verdade, com muito amor!

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Adocao é um exercício de amor


Renato do blog: Quiosque Azul

Adocao é um exercício de amor!

Nas ruas, em orfanatos e instituições de caridade, crianças estão crescendo sem referência de uma família. É tradicionalmente dito pela sociedade que uma família é constituída de pai, mãe e filho(s). O sofrimento acompanhado da falta de amparo e educação fica presente na vida destas crianças. Muitas delas ainda estão no berço, outras caminham para a adolescência. Como compreender diferenças em seus pensamentos inocentes? Perguntam-se: – Onde estão os meus pais? Como interpretar esta questão? Basta nos colocarmos no lugar delas para sentirmos a dor. Geralmente em uma adoção as pessoas se preocupam com a idade da criança, com a cor do cabelo, dos olhos e da pele. Estes aspectos não cabem a nenhum de nós. São encargos da Natureza, de nosso Criador. Também perdem tempo com medos e receiam futuras culpas. Imaginam que um filho adotivo pode apresentar rejeição, revolta e até mesmo se perder em caminhos que julgam errados. Tudo isso se resume em preconceito e falta coragem. Nossa consciência fica em paz quando vemos que “Ninguém é de Ninguém” e quando se percebe que a adoção é um exercício do amor. Não é somente um ato de caridade, é também uma atitude do coração e pode ser um laço espiritual.

"O corpo procede do corpo,
mas o Espírito não procede do Espírito"


(Evangelho Segundo o Espiritismo - Kardec, A.)

Imagem criada pelo Quiosque Azul em homenagem a Blogagem Coletiva: 'Adoção, um ato de nobreza!', sobre adoção de crianças e adolescentes - 10 a 15/11/2008
Imagem criada em homenagem a esta iniciativa.

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Adocao, um ato de nobreza!


Nina do blog: Entre mae e filha


Não preciso falar que tenho uma visão romantizada da vida. Quem me conhece sabe que acredito na educação, na bondade, na simplicidade, no amor e nas pessoas. Sei que muita coisa acontece neste mundo contrariando minhas crenças, e cada vez que vejo tal realidade, sinto que um pedaço de mim, da pessoa sonhadora que vive em mim, morre um pouco.

Já ouvi gente dizer que sou cega pra certas coisas, ingênua, até. Mas creio que uma certa ingenuidade foi o que me manteve em muitos momentos da vida, de pé e alerta. Se eu me permitisse me corromper pelas amarguras da vida, viraria um ser humano seco...

Se ser ingênuo fizer meu mundo ser um pouco mais alegre e limpo, quero ser pra sempre uma eterna criança.

Porque acredito na infância!
Porque sou uma mãe que enxerga o poder do amor na educação dos nossos filhos, porque acredito na base! Creio que mesmo que um dia nossos filhos desvirtuem-se do bom caminho que tentamos traçar pra eles desde seu nascimento, os ensinamentos que demos a eles ficarão gravados num cantinho do coracão, das lembranças. E será essa base que os trará de volta quando e se, fizer necessário.

Muito do que nos transformamos hoje (de mal) creio, é resquício do amor, atenção, limites e cuidados que nos foram negados na infância. Do amor que muitos de nós deixamos de receber.

Basta com um olhar um pouco mais atento observar o que vemos nas ruas do nosso país: crianças que roubam, que se transformam em delinquentes, pais que exploram seus pequenos filhos, colocando-os nas esquinas da vida sem seu real entendimento do que aquilo representa, empurrados para o trânsito pra vender algo, empurrados para a vida sem seguranca fora de casa, sujeitos a perder muito mais do que a infância. Dignidade. Meninos que se drogam, meninas que se prostituem, que mentem, que participam de pequenos assaltos, pequenos delinquentes que não são pegos, que não vão pra escola, que têm uma mão sendo passada por sobre sua cabeça ou surrados violentamente por pais nervosos e tão culpados quanto eles próprios, crianças que têm filhos pela rua, de outros meninos e meninas perdidos, filhos que serão abandonados em orfanatos, em sacos de lixo, em lagoas pelas cidades...

O que esperar de uma sociedade que não enxerga essas feridas abertas?
O que esperar de um país que nega os direitos mais básicos a seus habitantes?
O que esperar do futuro de uma pessoa com tal histórico de vida? Apenas a continuidade dos mesmos dramas passados??

Há quem tenha medo de adotar.
Muitos acreditam que o fator genético é mais forte do que o que tentamos ensinar.

Ora, uma pessoa não é feita apenas de genes. Ela é também feita de pedaços de vida que são adicionados a ela pelo caminho.
Base na infância. Educação. Carinho. Limites na medida certa. Sensação de segurança. Alimentação. Amor. Atenção. Cuidado. São alguns desses pedacinhos.

É possível mudar o rumo de alguém predestinado a uma realidade dura, fria e cruel.

Problemas no futuro, todos estamos sujeitos a enfrentar. Os meus filhos de sangue podem ser tão problemáticos para mim quanto um filho adotivo. Ou mais!

Dizer que a adoção pode trazer problemas a uma família é reduzir algo tão complexo a um único fato, a talvez uma exceção aqui outra ali. Reduzir tudo a uma questão genética é fácil, simples e preconceituoso demais.

O que é melhor pra uma sociedade mais saudável? Orfanatos e Febens da vida, cheios de crianças sem carinho, sem amor, sem passado e sem futuro, ou uma família, uma casa, um teto seguro, amor, carinho e atenção?

O problema, acredito eu, não é a criança que é adotada, mas os pais que a adotam!

Saber que filho precisa além de amor, também respeito e limites, é primordial! Em qualquer situacão. Muitos pais adotivos erram porque dão demais a seus filhos e esquecem que educar é mais que dar algo material, é muito mais que encher a meninada de presentes e guloseimas, é amar e respeitar, é também impor limites.

Porque criança sem limite cresce pensando que é o senhor do mundo e que pode obter tudo o que deseja, quando deseja e como deseja.

E nesse sentido, nenhum de nós está imune, somos todos possíveis vítimas, tanto os filhos de sangue quanto os adotivos, o diferencial vai ser nós, os pais, a sociedade, assumirmos as sequelas que estamos deixando para o mundo.

Quem somos nós como pais na verdade? Qual a minha qualidade como pai e mãe dos meus filhos, adotivos ou não??! O que eu quero mudar na sociedade?? Tento mostrar aos meus filhos aquilo que acredito ou sou apenas um mero coadjuvante da vida que gostaria de ter?? Fico na expectativa de um mundo melhor enquanto reclamo comodamente do vizinho, da escola, do governo, ou arregaço as minhas mangas e vou à luta levando o meu filho pela mão? Dentro de casa o meu mundo é o que é fora dela?? Como meu filho me vê? Quem sou eu como pai? Como mãe? Como cidadão?

Questões como essas deveriam ser repensadas antes de se ter um filho! Antes de se adotar um filho! Mais do que ter medo do que uma adoção pode trazer, a questão aqui é saber quem sou eu, e como poderei ajudar a melhorar o mundo a minha volta.

A verdade é que existe adulto carente de afeto. E tanta crianca também... porque não unir as necessidades e se permitir um pouco de alegria, de amor, de sensibilidade? De quebra, ainda se dá uma melhorada no nosso mundinho...

Eu acredito, eu acredito, com todas as minhas forças, na infância!

"...Parágrafo único:
O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.

...Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem".

Thiago de Mello
Os Estatutos do Homem (Ato Institucional Permanente)



Adocao, um ato de nobreza!


Cris Penaforte do blog: Fragmentos de Mim



" Blogagem Coletiva - Adoção, um ato de nobreza! "



Estava pensando em o que postar sobre a Adoção, tema dessa Blogagem Coletiva, proposta pela Georgia , não querendo postar dados, números, estatísticas, queria algo mais simples, mais delicado, uma história de vida, e foi aí que me lembrei de Raquel ...


Eu os conheci a alguns anos, através do trabalho. Sr. Samuel e D. Sara vieram crianças para o Brasil, fugindo da Alemanha nazista, em porões de navios lotados de judeus, que como eles fugiam da morte na esperança de poderem reconstruir a vida em outro país. Sr. Samuel chorava por ter deixado lá uma irmã de 09 anos, veio com dois irmãos mais novos, dos pais e da irmã nunca mais teve notícia. D. Sara veio com a mãe e o pai. Aqui cresceram, e ainda jovens se conheceram. Se casaram quando ele tinha 20 anos e ela 16 anos. Tiveram seus três filhos, D. Sara uma mulher muito especial, deu aos filhos nomes que para ela tinham significados especiais: Davi, o mais velho - O Rei Davi; Diana, a do meio - A Deusa; Raquel, a caçula - A mãe Raquel dos Judeus.

Davi e Raquel se casaram, Diana cuidava dos pais e viajou o mundo. Sr. Samuel, um bom comerciante, tinha uma loja de móveis muito tradicional aqui na minha cidade, hoje cuidada por Raquel e Diana.

Raquel se casou aos 18 anos. Muito jovem queria muito ter filhos. Os anos passaram e eles não vinham. Até que foi constatado que por um problema genético, seu marido não podia ter filhos. Aos 25 anos sofria a tristeza de não ter os filhos que tanto desejava, até que resolveu que os teria, "adotados". Através de um vendedor de móveis que vendia para a loja da família, ficou sabendo de um orfanato lá no Sul do Brasil, perto da casa dele, que estava em péssimas condições financeiras, e tinha muitos bebês para cuidar, não tendo condições para fazê-lo. Depois de se certificar do endereço, na semana seguinte Raquel partiu para o Sul com o pai e o marido. De lá trouxe sua filha mais velha. Ela conta que foi o primeiro bebê que ela viu nesse orfanato. Estava muito doente, fraca, não parecendo um bebê de 08 meses. Quando ela me contou, relembrava chorando, eram vários outros bebês, mais saudáveis até, mas ela diz que aquela criança " a adotou" quando seu olhar triste cruzou com o dela. Cuidou dela, e a família estava em festa, pois Raquel enfim, tinha sua bebê. Três anos depois, ela recebeu uma carta da Irmã que dirigia o orfanato. Ele seria fechado por total falta de condições. E ela implorava a Raquel que se ela pudesse ajudá-los fosse até lá e adotasse novamente. Ela conta que ficou com seu coração apertado, relembrando o lugar, e ao ver sua filha e o quanto eram felizes por tê-la, tomou a decisão e voltou ao orfanato. O marido estava se recuperando de uma cirurgia, e ainda assim, ela não mediu esforços, foi com o pai até lá, e ao chegar lá foi "adotada" por mais uma menina que aos 03 meses de idade já era muito doente. Complicações no parto, a deixaram com várias sequelas, e mesmo assim, Raquel trouxe a sua filha mais nova.

Segundo ela, foram anos difíceis. A doença do marido, e os cuidados muito especiais com a filha mais nova tomavam todo o seu tempo. Ela parou de ter outra vida a não ser a de mãe e a de uma esposa com um marido muito doente. Tinha a ajuda dos irmãos e dos pais. Em especial a financeira, pois os gastos eram muito grandes.

Raquel é baixinha. De olhos azuis transparentes, sua aparente fragilidade física engana, pois ela é uma das mulheres mais fortes que eu já conheci na minha vida.

Em meio aos tratamentos que a filha mais nova tinha que ser submetida, cirurgias, as crianças foram crescendo. Logo as duas filhas de Raquel eram duas mocinhas. Com a morte dos pais, um logo após o outro, ela, e os irmãos tiveram que assumir a loja de móveis , que de certa forma era o sustento firme de todos eles.

Suas filhas foram crescendo na loja, com os funcionários, que eram como da família por serem muito antigos. Logo a mais velha entrou na faculdade e se tornou independente, indo morar no Rio, para estudar e trabalhar, hoje é uma atriz de teatro. Mais uma perda na família e com a morte prematura do irmão, que já era viúvo, Raquel adotou o sobrinho adolescente, que ficou sem pai e mãe. Com a ajuda de Diana, deram estabilidade ao rapaz. E em mais uma das surpresas da vida, Raquel ficou muito doente, abalada com a morte do irmão, sofreu um infarto que a deixou muito mal por vários dias, sendo até mesmo desenganada pelos médicos, passou por três cirurgias, quase deixou de andar, esteve entre a vida e a morte mas conseguiu se recuperar admiravelmente. Viveu novamente como ela mesmo diz, e um ano depois, trabalhava normalmente.
A filha caçula se formou, e é uma fisioterapeuta. Não exerce a profissão. É atormentada pela rejeição, aos 30 anos não supera o fato de ter sido deixada em um orfanato, muito doente e quase sem chances de sobreviver pela própria mãe. Raquel nunca escondeu das filhas que são adotadas, conversou com cada uma delas desde muito cedo, fazendo-as entender que as ama imensamente. Diz todos os dias à mais nova que agradece a mãe biológica dela por tê-la gerado, se não fosse a mãe, Raquel não a teria como filha. É uma moça delicada, frágil, que oscila entre a alegria e a tristeza, e Raquel não a abandona nunca. É forte e até mesmo dura com ela quando necessário, tentando fazê-la entender que ela não tem motivos para viver tão triste, afinal tem pai e mãe, e uma tia que a amam muito. É incansável para ajudar as filhas e o sobrinho, cuida de todos com muito amor e dedicação, e do marido também, que é um senhor muito doente .

O sobrinho já formado, é um jovem advogado e ama Raquel como a própria mãe.

Me impressiona a dedicação e a bondade dela, muito justa e honesta, incansável. Ajuda a todos. Seus funcionários, seus filhos e netos. Se preocupa com todos até mesmo quando sente tristeza em qualquer um que esteja perto dela. Presenciei certa vez, na loja delas, (tinha passado lá para vê-las), uma cliente que tinha ido comprar um bercinho para o seu bebê, estava com o marido, e a moça chorava muito, ninguém entendia o porque. Raquel achou que ela estivesse se sentindo mal, levou uma cadeira para que ela se sentasse, deu água, e perguntou se poderia ajudar em alguma coisa. A moça chorava e não conseguia falar direito. Raquel se dirigiu ao marido e perguntou se poderia ajudar, se ela estava se sentindo mal. Ele respondeu que ela estava assim pois estava emocionada e com medo. Tinham ido comprar o bercinho para o bebê, que tinha chegado naquele dia, aí explicou: Eles eram casados há 12 anos e não puderam ter filhos. Há cinco esperavam na fila para a adoção, e tinham conseguido adotar um lindo menino, que tinha sido entregue a eles naquele dia. A moça chorava emocionada por estar comprando um berço para o filho que ela conhecia há poucas horas, e já amava tanto. E chorava de medo, pois segundo o rapaz era incerto se a criança ficaria com eles ou não, dependeria de uma decisão final que sairia em um mês no máximo. Raquel emocionada, a abraçou com muito carinho e contou a ela sua história, que ela tinha duas filhas adotadas. Os parabenizou por serem pais tão especiais e disse a ela que não temesse, o bebê era deles, daria tudo certo. Ficaram lá conversando. Fui embora e uma semana depois quando passei lá novamente, fiquei sabendo que Raquel tinha dado o berço, e uma cômoda de presente para o bebê. Eu ia lá com frequência vê-las, e depois Raquel me contou que tinham levado o bebê para que ela conhecesse e que já tinha saído a decisão final, eles conseguiram em definitivo a adoção da criança.

Raquel é um belo exemplo de força e coragem, de bondade e dedicação ao seu próximo. Me disse algumas vezes que se pudesse teria adotado mais crianças. Mas não pode. A doença do marido exigia muita dedicação, e foi um milagre ela ter conseguido adotar e criar as duas filhas, além do sobrinho. É inteligente, de um senso de humor único. Hoje Raquel é uma jovem e bonita senhora de sessenta e poucos anos, que se levanta às 05 hs da manhã e não tem hora para dormir.

Raquel é uma mãe como a minha ou a sua mãe, mesmo não tendo gerado suas filhas. Qualquer um que esteja perto dela acaba se sentindo um pouquinho que seja, filho de Raquel. Um ser humano sem apego nenhum a coisas materiais, que trabalha para viver, um dia após o outro, e que se doa ao máximo a quem precisa de ajuda, em especial se tiver uma criança envolvida.

A história de Raquel me pareceu oportuna para ser contada aqui nesse post. Uma história de muito amor.




Adocao, um ato de nobreza!


Mari do blog: Gratidao
Adocao, um ato de nobreza!

Estou aderindo a campanha da blogagem coletiva que os amigos de blog Geórgia e Dácio começaram.
Trata-se da adoção de crianças.
Esse assunto em muito me interessa, porque já visitei orfanato e ainda pretendo visitar mais.
Existe toda uma crítica quanto à morosidade da adoção no Brasil. Todavia, penso ser justa toda a análise pelos órgãos responsáveis, eis que o que está em jogo é o bem da criança, jovem ou adolescente.
As contestações muitas vezes ocorrem devido às irregularidades no processo de adoção. Há que se ter uma ordem a ser respeitada no cadastro de quem estiver apto às adoções.
A adoção tem que ser regular e para o bem da criança.
Hoje, existe um Cadastro Nacional de Adoção(CNA), unificando a fila de espera e buscando agilizar os processos de adoção.
A adoção sempre dependerá da sentença do juiz. Obviamente, o processo deveria ser mais rápido, mais ágil, são muitas etapas.
A adoção por estrangeiro é medida excepcional, com total respeito ao interesse da criança e os direitos fundamentais, sem falar no enorme problema do tráfico de crianças.
Penso que a demora é prejudicial sim, existem muitos preconceitos, quase todos querem adotar crianças pequenas, brancas, o que dificulta a adoção.
A adoção verdadeira é um ato de amor sim, não resta dúvida.
Acredito que com o novo cadastro e a unificação da fila, tudo fique mais rápido.
Nem todos são preparados para este ato, há que se ter amor e muita coragem.
Infelizmente existem pessoas que não têm esse preparo, querem adotar por futilidade e, obviamente, tem que ser negado.

As crianças já sofrem por não terem um lar, mas no abrigo que visitei, vi uma enorme alegria e amizade das crianças para com as outras. Era bem simples, mas tudo muito organizado.

Que este ato da blogagem coletiva suscite mais amor nos corações e peço a Deus por todas as crianças e jovens sem lar no Brasil e no mundo.
São verdadeiros campeões em vida.
Seria muito bom se todas as crianças pudessem ser livres para brincar, para sonhar, livres para ser crianças e dentro de uma família.




Com amor, Mari.

Imagem 2: John Lund/Drew Kelly/Blend Images/Corbis.
Imagem 3: Imagem: Steve Nagy/Design Pics/Corbis.

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Adriana do blog: Espírita na Net


Meus irmãos, amai os órfãos!


Se soubésseis quanto é triste estar só e abandonado, sobretudo quando criança!

Deus permite que existam órfãos, para nos animar a lhes servirmos de pais.

Que divina caridade, a de ajudar uma pobre criaturinha abandonada, livrá-la da fome e do frio, orientar sua alma, para que ela não se perca no vício!
Quem estende a mão a uma criança abandonada é agradável a Deus, porque demonstra compreender e praticar a sua lei.

Lembrai-vos também de que, frequentemente, a criança que agora socorreis vos foi cara numa encarnação anterior, e se o pudésseis recordar, o que fazeis já não seria caridade, mas o cumprimento de um dever.
Assim, portanto, meus amigos, todo sofredor é vosso irmão e tem direito à vossa caridade.


Não a essa caridade que magoa o coração, não a essa esmola que queima a mão que a recebe, pois os vossos óbolos são frequentemente muito amargos! Quantas vezes eles seriam recusados, se a doença e a privação não os esperassem no casebre!
Dai com ternura, juntando ao benefício material o mais precioso de todos: uma boa palavra, uma carícia, um sorriso amigo. Evitai esse ar protetoral, que revolve a lâmina no coração que sangra, e pensai que, ao fazer o bem, trabalhais para vós e para os vossos.

Um Espírito Protetor

Paris, 1860


Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec

(Cap. XIII – Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita)

* * *


Os laços de sangue não estabelecem necessariamente os laços espirituais. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito. Os verdadeiros laços de família não são, portanto, os da consanguinidade, mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos, que unem os Espíritos, antes, durante e após a encarnação.”

- CLIQUE AQUI e leia o texto completo: “Parentesco Corporal e Espiritual” -

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Esta postagem faz parte da blogagem coletiva

Adoção, um ato de nobreza!” (Proposta – Georgia e Dacio)

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Regina Coeli do blog: Canteiros

Adocao


Estamos na semana da Blogagem Coletiva sobre Adoção, proposta pela Geórgia e pelo Dácio.

Todos os posts serão transferidos para aqui, assim teremos concentrado em um só espaço as várias abordagens sobre Adoção.



Falar de adoção é um tema difícil e delicado, pois geralmente vem acompanhado de anos de tentativas, tratamentos e frustrações de casais impossibilitados de conceberem, gestarem e darem à luz. Escrito com a cabeça e o coração, este livro esclarece e analisa as apreensões e as expectativas comuns a todos os que estão envolvidos no processo de adoção. Lembre-se, a adoção põe fim ao tédio, ao vazio e à solidão.

Os Caminhos do Coração, Maldonado, Maria Tereza. Editora: Saraiva


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Vivi Bastos do blog: Mixcelânia

Adocao, um ato de nobreza!

Dedico o espaço do post de hoje à blogagem coletiva ADOÇÃO, UM ATO DE NOBREZA. A discussão sobre o assunto é bem-vinda afinal, a problemática assinala um percurso inacabado onde há muitas pedras a serem tiradas do caminho para que delas se construa um mundo melhor.

Ele trouxe-nos luz quando chegou. Sua presença pequenina e toda embrulhada em uma trouxinha de panos nos enchia de sorrisos. Assim que meus pais chegaram com aquela trouxinha de onde só se podia avistar fiapinhos de cabelos encaracolados, eu soube que o evento que ali se apresentava seria um marco em nossas vidas. Um marco como as pedras utilizadas pelos patriarcas bíblicos para assinalar os milagres de Deus. A adoção quando afetiva é isso: milagres acontecendo a cada dia quando uma criança, antes abandonada a sua própria sorte, pode crescer bem assistida e amada.

O afeto que faço menção não é daqueles de beijinhos e de abraços. Afeto pressupõe mais. Sua acepção original nos oferece uma graduação maior do sentido com que a utilizamos: significa “ir atrás”, isto é, um movimento para fora de si mesmo. Transportado para o contexto da adoção, o afeto não coexiste com decisões de escopo egoísta. È uma decisão que se faz de cor, de coração.

Aqui em casa, nosso universo se abriu para que meu irmão entrasse. Mas, não pensem que não houve troca. Nesse processo, há um superávit de coevolução. Ao abrir nosso mundo para que ele entrasse, ele abriu o seu para que também nós entrássemos. Não fomos somente nós que o escolhemos. Ele nos escolheu. E até hoje (desde que já se passaram 18 anos) assim é. Sempre nos pusemos contra a adoção plena cunhada no espírito mercadológico de se ter em casa uma criança “pura”, sem marcas genéticas e sem história. Por isso, nunca desprezamos o direito que ele tem de conviver com sua família natural.

Acredito que uma das problemáticas do atual sistema de adoção diz respeito a esse modelo “ideal” de crianças adotáveis: branca, saudável, bebê, menina e “perfeita”. Será que tal prática assinala-se como preponderante para explicar a desproporção entre o quantitativo de crianças e adolescentes a espera de adoção e o número de pessoas com a intenção de adotar?

Bem, essa questão identitária precisa ser mencionada e mais bem avaliada, pois ao se estudar os principais atores desse processo é possível alcançar soluções para esse problema de ordem cultural levada a efeito pelas políticas de adoção pautadas em critérios de exclusão. Não é a toa que indicadores como idade, raça e síndromes, em muitos casos, são considerados importantes para evidenciar maiores ou menores probabilidades de adoção.

Há muito que se pensar sobre o assunto. Ele não se esgota aqui. Se não há um mundo ideal onde crianças são cuidadas e inexistem casais inférteis, temos um mundo concreto onde é possível vislumbrar mudanças de pensamentos e rupturas de mitos. Perpetuar a espécie é mais do que procriá-la. È cuidá-la no esforço ético de reproduzir tradição e sentimento.

Pense nisso.

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Adocao, um ato de nobreza!



Ro Costa do blog: Metamorfosear



Principalmente um ato de amor… E para inspirar fotografias…

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“É maravilhoso. É simplesmente a coisa mais espectacular do mundo. Ele mudou a minha vida. Ele é realmente centrado em mim. Sempre que penso que qualquer coisa é importante. eu vejo o seu sorriso. Ele fez de mim a melhor pessoa que eu poderia ser. ” (Ao adotar um bebê cambojano em 2002).

Angelina Jolie, Brad Pitt e seus filhos adotivos: Maddox, Zahara e Pax.

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Vasco Pedro, Júnior de Carvalho e sua filha adotiva Theodora.

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Mãe adotiva de minha mãe.

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Adocao no Brasil


Fátima Queiroz do blog: Blogsfera Solidária


Adoção no Brasil


A legislação
A história legal da adoção no Brasil nos remete ao início do século XX. O assunto é tratado, pela primeira vez, em 1916 no Código Civil Brasileiro.
Depois dessa iniciativa tem-se ainda a aprovação: em 1957, da Lei nº. 3.133; em 1965, da Lei nº. 4.655; e em 1979 da Lei nº. 6.697, que estabelece o Código Brasileiro de Menores.
Atualmente a legislação vigente que se debruça sobre esse assunto é a seguinte:
Constituição Federal;
Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA;
Código Civil Brasileiro; e, Lei nº. 9.656/98.
a) A Constituição Federal
A adoção é abordada na Constituição Federal em seu artigo 2271 que estabelece como dever da família da sociedade e do Estado assegurar às crianças e adolescentes seus direitos básicos. O § 6º deste artigo além de proibir “quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação” (BRASIL, Constituição Federal, art. 227, § 6°, 1988), em casos de adoção, estabelece a equiparação dos direitos dos filhos adotivos aos dos filhos biológicos.1“Art. 227.
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão” (BRASIL. Constituição Federal, Art. 227, 1988).
b) Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA
Em 1990 com a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA através da Lei n.º 8.069/90, os processos de adoção foram facilitados. O documento põe em evidência os interesses do adotando (filho) e estabelece como principal objetivo do processo de adoção assegurar o bem estar deste conforme dispõe o artigo 43:
“A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos” (BRASIL, ECA, Art. 43, 1999).
Conforme consta no ECA, através do ato de adoção os requerentes, ou seja, os pais, conferem ao filho adotado os mesmos direitos dos filhos naturais. Ressaltando-se que uma vez concluído o processo de adoção esta é irrefutável, a não ser em caso de maus tratos pelos pais. Nesse caso, assim como ocorreria com os pais “de sangue”, os pais adotivos perdem o pátrio poder e o Estado se responsabiliza pela guarda dos filhos encaminhando-os a uma instituição para menores desamparados até definir sua situação, ou os coloca sob a guarda de um parente que tenha condições de acolhê-los.
c) Outras Leis
O Código Civil Brasileiro aprovado em 2002 por meio da Lei nº. 406/2002 reproduz o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente – Eca, no que diz respeito à adoção.
Além desta há ainda a Lei nº. 9.656/1998, que trata dos planos de saúde, mas que vai se debruçar sobre a problemática da adoção quando estabelece a “cobertura assistencial ao recém-nascido, filho natural ou adotivo do consumidor, ou de seu dependente, durante os primeiros trinta dias após o parto”. Também assegura a este a inscrição no plano de saúde “como dependente, isento do cumprimento dos períodos de carência, desde que a inscrição ocorra no prazo máximo de trinta dias do nascimento ou da adoção” e ainda a “inscrição de filho adotivo, menor de doze anos de idade, aproveitando os períodos de carência já cumpridos pelo consumidor adotante” (BRASIL, Lei nº. 9.656/1998, grifos nossos).
Normas para adotar um filho
As normas gerais de adoção no Brasil são estabelecidas, principalmente pelo Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA e podem ser assim resumidas:
- A pessoa a ser adotada deve ter no máximo 18 anos de idade, a não ser que já conviva com o adotante (pessoa que o adotará).
- A idade mínima dos candidatos à adotantes é de 21 anos.- Diferença de idade mínima entre o adotante e o adotado é de 16 anos.
- Ascendentes (avós, bisavós) e descendentes (filhos, netos) não podem adotar seus parentes.- Não importa o estado civil do adotante.
- A adoção requer a concordância dos pais biológicos, salvo em caso de paternidade desconhecida ou quando estes tiverem perdido o pátrio poder.
- A adoção de adolescente maior de 12 também necessita da concordância deste.- Antes de concretizada a adoção é necessário fazer um estágio de convivência entre adotando e adotante. Isso é dispensado quando a criança é menor de um ano ou quando já mora com o adotante.

Outras Leis

O Código Civil Brasileiro aprovado em 2002 por meio da Lei nº. 406/2002 reproduz o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente – Eca, no que diz respeito à adoção. Além desta há ainda a Lei nº. 9.656/1998, que trata dos planos de saúde, mas que vai se debruçar sobre a problemática da adoção quando estabelece a “cobertura assistencial ao recém-nascido, filho natural ou adotivo do consumidor, ou de seu dependente, durante os primeiros trinta dias após o parto”.

Também assegura a este a inscrição no plano de saúde “como dependente, isento do cumprimento dos períodos de carência, desde que a inscrição ocorra no prazo máximo de trinta dias do nascimento ou da adoção” e ainda a “inscrição de filho adotivo, menor de doze anos de idade, aproveitando os períodos de carência já cumpridos pelo consumidor adotante” (BRASIL, Lei nº. 9.656/1998).

Normas para adotar um filho

As normas gerais de adoção no Brasil são estabelecidas, principalmente pelo Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA e podem ser assim resumidas:

- A pessoa a ser adotada deve ter no máximo 18 anos de idade, a não ser que já conviva com o adotante (pessoa que o adotará).- A idade mínima dos candidatos à adotantes é de 21 anos.- Diferença de idade mínima entre o adotante e o adotado é de 16 anos.

- Ascendentes (avós, bisavós) e descendentes (filhos, netos) não podem adotar seus parentes.- Não importa o estado civil do adotante.

- A adoção requer a concordância dos pais biológicos, salvo em caso de paternidade desconhecida ou quando estes tiverem perdido o pátrio poder.

- A adoção de adolescente maior de 12 também necessita da concordância deste.- Antes de concretizada a adoção é necessário fazer um estágio de convivência entre adotando e adotante. Isso é dispensado quando a criança é menor de um ano ou quando já mora com o adotante.

Documentos Necessários para adoção

- Cópias autenticadas em cartório de:

identidade, certidão de casamento (se for casado), e, comprovante de renda.

- Cópia de comprovante de endereço.

- Fotos coloridas de busto e das dependências da casa (tipo 10X15).

- Declaração de idoneidade moral reconhecido firma de duas testemunhas.

- Atestado médico de sanidade física e mental com reconhecimento de firma da assinatura do profissional.- Certidão de antecedentes criminais negativa.


- Requerimento da adoção preenchido e assinado pelo (s) requerentes e com firma reconhecida.


Leia mais sobre adoção:
Abandono e Adoção, de Fernando Freire
Adoção Tardia: Da Família Sonhada à Família Possível, de Marlizete Maldonado Vargas
Adoção uma História de Espera e Amor, de Vera Miranda Gomes
Adoção uma História Pessoal, de Sueli Trindade Ferreira
Adoção - Uma Sublime Missão, de Elizabeth Schultz Ramires
Laços de Ternura, de Lídia Natália D. Weber
Refletindo a Adoção, de Clélia Zitto Cezar

* Saiba ainda mais sobre adoção no site http://www.gaasp.net/

Fazendo parte da blogagem: Adocao, um ato de nobreza!

Caso nao queira seu post aqui, por favor fazer contato. Obrigada.

Adocao, um ato de responsabilidade


Célia Rodrigues do blog: Prisma
Adocao, um ato de responsabilidade

Quando falamos em adoção, o que normalmente nos ocorre é a visão de um ato heróico, solidário, amável, altruísta. E realmente não deixa de ser. Mas, na maioria das vezes, nos falha a percepção de que essa é uma atitude que deve ser tomada com total consciência e com os pés bem cravados no chão. Antes de ser um ato de amor tão somente, deve ser um ato de extrema responsabilidade. Digo isso porque já tive um caso de adoção na família e que, infelizmente, não foi bem sucedido.

A visão um tanto romântica e a falta de informação e de pesquisa sobre o assunto, muitas vezes leva as pessoas a tomarem decisões sem antes refletir sobre elas. Isso aconteceu com uma das minhas irmãs. Ela e o marido acompanharam minha cunhada, que queria adotar uma menina, à casa de uma mãe que estava doando os quatro filhos. Chegando lá minha irmã viu um menininho de dois anos sentado embaixo da mesa comendo um prato de arroz com feijão. Num impulso, ela e o marido resolveram ficar com o menino. Até aí “tudo bem”. O problema é que eles não tinham perfil de pais adotivos. Nunca antes tinham falado a respeito, não planejavam isso e não estavam emocionalmente preparados para receber o menino. A adoção foi baseada num ato de piedade momentânea.

Em casa, a distinção entre o filho adotivo e o filho natural era evidente, por mais que não fosse intencional. Parte da nossa família rejeitou o menino pelo simples fato de ele ser negro. E finalmente, o casamento de minha irmã desmoronou e ela ficou com a responsabilidade exclusiva de criar uma criança que ela nunca quis de verdade. Tornou-se agressiva e intolerante com ele. Isso resultou na total insubordinação do menino e na sua saída de casa aos 15 anos. Hoje ele já é maior de idade e vive na criminalidade, como todos os seus irmãos biológicos que ele sequer conheceu. Uma catástrofe lamentável!

Infelizmente esse caso não é o único, conheço outras situações de adoção frustrada. E eu me pergunto: por que um ato tão sublime resultaria em experiências tão tristes? Posso citar pelo menos três razões. Primeiro, porque a responsabilidade do ato nem sempre é levada em conta. Muitas vezes falta ao casal pesar as conseqüências e se perguntar “realmente QUEREMOS adotar?”. Segundo, porque o preparo emocional e psicológico dos pais raramente faz parte do processo de adoção. Há que se considerar que haverá conflitos a serem geridos, especialmente se se tratar de uma criança já crescida e com uma vivência em ambiente problemático, isso requer maturidade e capacidade psicológica. Terceiro, porque a motivação para se adotar quase sempre é equivocada. O interesse em proporcionar um lar a uma criança está em quinto lugar na lista de motivações para a adoção. Em primeiro está a impossibilidade de se ter filhos naturais, ou seja, o que me motiva é a MINHA necessidade, prioritariamente. Muitos casais, se pudessem ter filhos, jamais adotariam um.

Ao contrário do que se possa imaginar, não sou contra a adoção, de forma alguma. Só quero deixar claro que nem todos estão prontos para ela, e romantizar pode ser um erro fatal. Eu vejo a adoção como um dom, uma capacidade toda especial de aceitar e lidar com o diferente. Apenas quem tem esse dom é capaz de ser feliz e realizado nessa empreitada. Filhos naturais terão o nosso sangue, os nossos genes, sairão a nós. Mas, e os adotivos? Por mais que se diga que importante é dar amor e educação, há uma herança genética que se manifestará todos os dias e trará à tona grandes diferenças, conflitos emocionais e pessoais e é aí que entra o dom de lidar com essas situações, amenizando-as e tornando-as um mero detalhe. Haverá a ausência de um referencial familiar a ser criado ou, pior, poderá haver um referencial destruído a ser reestruturado. Imagino não ser tarefa para qualquer um, apenas para pessoas muito especiais.

Costuma-se distinguir filhos naturais e adotivos como os da barriga e os do coração. Estes, além de filhos do coração deveriam ser chamados também de filhos da razão. Menos romântico, mas bem mais realístico.

***

Este post faz parte da Blogagem coletiva "Adoção, um ato de nobreza", proposta pela Geórgia e pelo Dácio.



Atalhos da Vida


Cris do blog: Estrela Maria
"Em cada criança desconhecida, há um ser vivo sequestrado necessitando se libertar"




Atalhos da vida


Há 18 anos quando conheci meu marido,ele tinha um único desejo: conhecer seu pai, que por coincidência deveria estar na cidade onde nasci. Ele me contara que havia sido adotado pelos tios, ou seja, pela tia, irmã de sua mãe, que não poderia ter filhos. Já estava acostumado com aquela idéia, conhecia sua mãe, mas seu pai, ainda era uma incógnita. Eu prometera ajudá-lo na busca, o que fiz, sem sucesso. Com o passar do tempo, fomos nos aproximando e ele deixando de lado aquele propósito, pois as pistas eram poucas. Ele crescera próximo a sua mãe, a quem chamava de tia. Lá pelos seus dez, onze anos, lhe fora revelado que era adotado, a inversão dos papéis ficara apenas nisso, pois tudo continuara como sempre esteve. A progenitora tinha outros filhos a quem se desdobrar, a adotiva era possessiva. Ele pensara ter tido a sorte de ter ficado na sua família, mas ainda se pergunta o porquê de ter sido adotado, enquanto muitas crianças haveriam de estar sem um lar, sem uma mãe.

Filhos da dor


Brasil terra de muitos...dos brasileiros, dos exilados, dos excluídos, enfim, de todos àqueles que a adotaram de uma maneira ou de outra.
A adoção no Brasil ainda é muito carente, deficiente e prioritária. Nosso país abre as portas para a criança e o adolescente sairem às ruas, favorece-as pra que pratiquem atos deliquentes, para mais tarde se tornarem menores infratores, com passagens pela febem e conselhos tutelares.

Seus destinos ¨Casas de Adoção¨, sim, porque seus pais se ainda existem, não tem condições de cuidar e dar um bom atendimento à seus filhos.Pobres meninos e meninas.
Na escala há cem, para cada um padrinho, que queira tomar para si a responsabilidade de dar um lar e tudo o mais para uma cabecinha tão perturbada. A espera parece interminável, ficar na fila já é angustiante. Esperar o que? Quem?

Crianças inocentes que tragicamente foram parar nesses abrigos, tem um pouco mais de sorte, de aceitação para um bom convívio familiar junto aos seus novos ¨pais¨, pois são menos castigadas pela vida e assim são receptivas, embora carreguem traumas que a vida lhes ofereceu, estes são mais fáceis de serem tratados e a meninada fica menos tempo na ala do aguardo, como se fossem bichinhos de estimação à espera de alguém que por ventura sensibilizado agrade-se de seu jeitinho juvenil.
Os recém nascidos embora sejam os mais procurados para a adoção, já sofrem discriminações, os motivos são óbvios, não precisarei me estender citando um a um, apenas o mais decisivo, o "tom da pele¨.

Nossos bebês são alvos fáceis "tipo exportação". Muitos deles são adotados por casais estrangeiros. Bebês não sofrem a dor da partida, não sentem a rejeição alheia, a adaptação é recíproca. Em cada criança desconhecida, há um ser vivo sequestrado, necessitando se libertar.
A criança nasce pura, a sociedade que a corrompe.

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Aspectos gerais da adocao



Cidao do blog: Chonicles & Tales Unlimited (Red)

Aspectos gerais da adoção


ASPECTOS GERAIS (fonte: Cartilha de Adoção-TJ/RJ)

O que é adoção?

A adoção é precipuamente um ato de amor.
Outrora tendo como escopo o interesse daqueles que queriam adotar, desde a Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do adolescente, de 1990, a adoção passou a ser uma medida protetiva à criança e ao adolescente.

Muito mais que os interesses dos adultos envolvidos, é relevante para a lei e para o juiz que irá decidi-la se a adoção trará à criança ou adolescente a ser adotado reais vantagens para seu desenvolvimento físico, educacional, moral e espiritual. Sua finalidade é satisfazer o direito da criança e do adolescente à convivência familiar sadia, direito este previsto no artigo 227 da Constituição Federal.

A adoção importa o rompimento de todo o vínculo jurídico entre a criança ou adolescente e sua família biológica, de maneira que a mãe e o pai biológicos perdem todos os direitos e deveres em relação àquela e vice-versa (há exceção quando se adota o filho do companheiro ou cônjuge). O registro civil de nascimento original é cancelado, para a elaboração de outro, onde irá constar os nomes daqueles que adotaram, podendo-se até alterar o prenome da criança ou adolescente.

A adoção tem caráter irrevogável, ou seja, aquele vínculo jurídico com a família biológica jamais se restabelece, ainda que aqueles que adotaram vierem a falecer.

Por outro lado, a adoção dá à criança ou adolescente adotado todos os direitos de um filho biológico, inclusive à herança.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/90) estabelece regras e restrições para a adoção, quais sejam:
  • a idade mínima para se adotar é de 21 anos, sendo irrelevante o estado civil;
  • o menor a ser adotado deve ter no máximo 18 anos de idade, salvo quando já convivia com aqueles que o adotarão, caso em que a idade limite é de 21 anos;
  • o adotante (aquele que vai adotar) deve ser pelo menos 16 anos mais velho que a criança ou adolescente a ser adotado;
  • os ascendentes (avós, bisavós) não podem adotar seus descendentes; irmãos também não podem;
  • a adoção depende da concordância, perante o juiz e o promotor de justiça, dos pais biológicos, salvo quando forem desconhecidos ou destituídos do pátrio poder (muitas vezes se cumula, no mesmo processo, o pedido de adoção com o de destituição do pátrio poder dos pais biológicos, neste caso devendo-se comprovar que eles não zelaram pelos direitos da criança ou adolescente envolvido, de acordo com a lei);
  • tratando-se de adolescente (maior de doze anos), a adoção depende de seu consentimento expresso;
  • antes da sentença de adoção, a lei exige que se cumpra um estágio de convivência entre a criança ou adolescente e os adotantes, por um prazo fixado pelo juiz, o qual pode ser dispensado se a criança tiver menos de um ano de idade ou já estiver na companhia dos adotantes por tempo suficiente.
Ao contrário do que muitos acreditam, o procedimento para se adotar é simples e rápido, que na grande maioria das vezes termina em poucos meses (menos que um período gestacional). É salutar que as famílias procurem regularizar a situação daquelas crianças ou adolescentes que acolheram e por quais nutrem um sentimento filial.

Vale dizer, registrar filho de terceiro como próprio é crime, previsto no artigo 242, do Código Penal, pena que pode variar de 2 a 6 anos de reclusão. O registro falso será sempre falso, eis que jamais se convalida com o tempo.

Por fim, o processo de adoção implica na intervenção de uma equipe técnica, formada por assistentes sociais e psicólogos, que auxiliará na preparação da família no acolhimento de seu futuro filho ou filha.

Institutos correlatos: guarda & tutela

Além da adoção, a lei prevê duas outras formas de acolhimento de uma criança ou adolescente por uma família substituta: a guarda e a tutela. Nestes casos, não se acolhe a criança ou adolescente na condição de filho, mas de pupilo ou tutelado. Os vínculos jurídicos com a família biológica são mantidos.

A guarda implica o dever de ter a criança ou adolescente consigo e prestar-lhe assistência material, moral e educacional, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive os pais. Destina-se a regularizar a posse de fato do menor, podendo ser deferida liminarmente nos processos de adoção ou tutela. Fora destes casos, o juiz pode deferir a guarda excepcionalmente para suprir a falta eventual dos pais.

A tutela implica necessariamente o dever de guarda, somando-se ainda o poder de representar o tutelado nos atos da vida civil e o de administrar seus bens. Diferentemente da guarda, a tutela não coexiste com o pátrio poder, cuja perda (ou ao menos suspensão) deve ser previamente decretada. Normalmente a medida se aplica à criança ou ao adolescente órfão, cujo referencial com os pais biológicos falecidos não justifica a adoção pela família substituta que o está acolhendo.

Para maiores informações, faça o download do MANUAL DE ADOÇÃO (em pdf), produzido pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) que lançou a campanha Mude um Destino em 2007.
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