terça-feira, 11 de novembro de 2008

Adocao, um ato de nobreza!


Tatiana do blog: Dessintonizada

Pois é, demorou um pouquinho, mas chegou. Hoje é o primeiro dia da Blogagem Coletiva sobre Adoção. Alguns dias atrás eu escrevi um post dedicado a este tema (uma chamada), convidando o pessoal a participar desta blogagem. Aproveite e leia o post aqui, caso ainda não tenha lido.

Como eu já disse, são oitenta mil crianças e adolescentes morando em abrigos; aptas a serem adotadas são oito mil. No Brasil há uma burocracia enorme e todo um preconceito em cima deste assunto. Não sabemos se a burocracia é responsável em parte pelo preconceito, deve ser porque para adotar uma criança, o candidato precisa se envolver em todo um trâmite legal, acompanhamento psicológico, social, visitas e entrevistas que acabam assustando as pessoas que, para não passar por esses "transtornos", afastam a idéia da adoção. Não podemos negar que todas essas etapas são angustiantes e até desanimadoras, mesmo sabendo que são importantes. As pessoas neste meio tempo se apegam às crianças que desejam adotar e algumas vezes a adoção não dá certo. Ocorre uma frustração, outro fator que inibe o desejo de adotar, principalmente por aqueles casais que não conseguem ter filhos e com o ocorrido adquirem mais um sofrimento.

Por isso, a discussão sobre este assunto é tão importante. Se a adoção no Brasil fosse tema de discussões maiores e levadas até aos representantes no Congresso com mais frequência, quem sabe essa burocracia não seria minimizada? Faltam programas de incentivo, maiores esclarecimentos sobre a causa, imbutir esta idéia desde cedo na cabeça das pessoas. Afinal, menores abandonados em orfanatos sempre existirão, infelizmente! E tornar a adoção de crianças e adolescentes um ato natural e não apenas de nobreza, é primordial nos dias de hoje.

Há uma necessidade de mudança de mentalidade. Quando isso acontecer, menos casais sofrerão tanto tentando ter filhos que não conseguem biologicamente e poderão ter adotando, teremos menos abrigos e os poucos que teremos, estarão menos cheios. Sem falar no benefício de termos mais crianças bem criadas e educadas, com melhores perspectivas de vida, enfim, nossas estatísticas terão resultados mais animadores também, pois teremos menos crianças sozinhas com chances de tornarem-se adultos problemáticos, sem conhecimento de bons sentimentos e valores familiares.

Não estou dizendo que toda criança que cresce em abrigos será um adulto problemático (sem generalizações, por favor), mas convenhamos, uma criança sozinha que cresce em condições de abandono material, sentimental, sem a proteção de uma família tem muito mais chances de ser problemática, sim. Adotando uma criança, é uma oportunidade que você dá a ela de ser do bem, de sonhar, ser feliz e de quebra, você acrescenta mais valor e alegria à sua própria vida.


Pense nisso.


Fazendo parte da blogagem: Adocao, um ato de nobreza!


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