quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Adocao, um ato de nobreza!


Adelino do blog: Mais ou Menos Nostalgia

ADOÇÃO, UM ATO DE NOBREZA!

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Quando Georgia e Dácio me convidaram para participar desta Coletiva, aceitei com uma certa reserva, pois o tema é controvertido, complexo, polêmico. E eu costumo externar o que penso mesmo sendo contrário à maioria das opiniões.

Conheço e conheci vários casos de adoção. Alguns deram certo, outros não. Prefiro falar de casos que deram certo. Um deles: eu tinha um
colega de trabalho, eficiente, compenetrado, muito maduro para a idade que aparentava, mas parecia-me uma pessoa triste, apesar da boa aparência e do emprego que lhe pagava razoavelmente bem.

Certa vez, realizando um trabalho em conjunto, eu lhe perguntei por que o seu nome era tão simples, composto apenas de dois nomes próprios, um de três letras e o outro, de cinco. Ele me contou que fora adotado por uma família maravilhosa, e que nunca lhe esconderam isto, inclusive que ele, recém-nascido, tinha sido abadonado à porta da casa dessa família. Tinha adoração pelos seus pais adotivos o que, aliás era um sentimento recíproco. Apesar disso, doía-lhe a sensação de que jamais poderia abraçar alguém como sendo verdadeiramente seu pai, sua mãe, seus irmãos ou irmãs, mas que este problema estava aos poucos sendo superado.

Casos como este existem aos milhares, milhões talvez. Quem adota uma criança recém-nascida corre o mesmo risco de ter um filho
legítimo, sangue de seu sangue, que no futuro poderá lhe proporcionar tanto alegria quanto tristeza. Só Deus sabe.

Você que está pensando em adotar uma criança pare e pense se já "adotou" a sua própria família, seus próprios filhos. E é tão fácil:
não tem burocracia, papelada, entrevistas, testes psicotécnicos ou psiquiátricos. Não tem de apresentar comprovante de renda, de residência, de nada. Basta um pouco de atenção, um telefonema, um e-mail, uma palavra de apoio, de incentivo. Experimente então “adotar” seus avós, seus pais, seus irmãos, seus tios. Dê-lhe o ar de sua graça pelo menos uma vez ao mês. Trate seus pais com carinho, respeito, “adote-os” enquanto estão perto de você, se não fisicamente pelo menos e m espírito. E seja amigo deles não lhes causando constrangimento e nem problemas.

E se pensamos em adoção com o propósito de ajudarmos a resolver o problema de crianças abandonadas na rua e nas portas de hospitais, parabéns para nós. Façamos isso. Mereceremos todos os aplausos e elogios. Mas não paremos por aí: escrevamos para nossos representantes no Congresso propondo leis que obriguem escolas de todos os níveis a ensinarem nas comunidades carentes e aos nossos jovens uma disciplina importantíssima cujo nome poderia ser “Mat ernidade e Paternidade com Responsabilida de”. Aí sim, nosso ato de nobreza estará mais do que completo.

Fazendo parte da blogagem: Adocao, um ato de nobreza!

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